Europa, sozinho: mais barato (e mais fácil) do que parece.

O Rick, ou Ricardo Crestani, passou as férias na Europa, e, como não poderia deixar de ser, escreveu um texto muito bacana. E você, vai ficar só na vontade?

Tive um desafio pessoal esse ano: organizar minha viagem de férias, sem dinheiro, sem muito tempo e sozinho. Ir pra Europa pra mim, custava caro e exigia um certo esforço. No final das contas, descobri que só requer esforço. Sim, porque caro não é.

O primeiro passo foi organizar as despesas que eram óbvias: passagens e hospedagem. As passagens comprei por menos de dois mil reais, mas, claro, com conexões chatinhas. Ok, é o preço que se paga. Os voos internos comprei também antes de embarcar. Mais barato, mais seguro. Hospedagem descolei com amigos que estão morando/estudando por lá (Milão, Paris e Londres). Um pouco de sorte, claro. Mas de qualquer forma, antes disso, pesquisei hostels e hotéis. Hostels são bem em conta quando se divide quarto. Ou seja, requer certo esforço e desprendimento para algumas pessoas. Mas vale a pena. É sempre divertido.

Resolvido isso, conta básica: quanto gastar por dia? Aí é que entra a decisão importante: é uma viagem de compras? Esquece a parte do “barato”. É dificil de controlar os impulsos se você já vai com essa mentalidade. Agora, se a finalidade da viagem é outra, você se vira, facilmente, com 50 euros por dia. Eu gastei, em média, 10 euros por refeição. E comendo bem. Quando tava com pressa/preguiça, gastava 4 euros no supermercado, comprando salada e comendo na praça, como todos os europeus fazem no verão. Muito melhor do que ficar dentro do restaurante, diga-se de passagem. Mas permita-se comer em restaurantes tradicionais em cada uma das cidades, PRINCIPALMENTE NA ITÁLIA!

Transporte: não peguei nenhum táxi! Andei de tram, trem, metrô, ônibus e bicicleta. É mais rápido, mais barato, e, no caso da bicicleta, muito mais divertido. O que vale a pena é fazer o Navi Go (em Paris), o Oyster (em Londres) e comprar cartões diários (em Milão). Economiza-se muito em transporte assim. Ah, e antes de ir, ter uma noção do zoneamento das cidades e dos lugares que se quer visitar. Pelo menos saber norte-sul-leste-oeste. Acreditem, na hora de ler o mapa do metrô, ajuda muito!

Compras: comprei bastante. Mais do que pretendia e menos do que gostaria. Até me arrependi de ter deixado algumas coisas pra trás. Mas no final das contas, respeitei meu orçamento e meu cartão de crédito voltou praticamente ileso. Assim fica mais fácil eu viajar no próximo ano, sem estar endividado.

Filosofia pessoal: menos cidades, mais dias por cidade. São férias, certo? Então faça as coisas no seu tempo. Acorde quando o corpo permitir, vá dormir a hora que quiser. Visite os lugares que tem vontade de verdade. Isso foi o que fez minha viagem tão gratificante. Tenho menos carimbos, mas conheci melhor as cidades que visitei. Fiz quase tudo o que queria, e no final do dia, sempre sobrava tempo pra pub/brasserie/restaurante/baladinha. Função aeroporto cansa, em qualquer lugar do mundo.

Por fim, uma dica por lugar que visitei: Milão – comer, comer, comer. Sim, é isso, é o suficiente. Paris – Marais. Óbvio, mas verdade: é um bairro incrível. Londres – Shoreditch. Tudo acontece lá! E ah, aluguem bicicletas e façam o roteiro turístico de bike. Se ganha tempo, é divertido, barato e, além de tudo, todo mundo respeita os ciclistas por lá!