4 séries fora da caixinha pra maratonar já
Sabe aquele dia em que tudo que a gente quer é chegar em casa, fazer um café, sentar no sofá e morar lá pela próxima semana inteira? Então, o que você costuma assistir nessas horas? Aquele sitcom clássico, uma comédia ou a série que tá no hype? Todas as opções anteriores? E que tal levar a paixão pra outro nível e também abrir o coração pras séries que ensinam e transportam a gente pra outro mundo? Esse tipo de série nos dá a possibilidade de entrar em realidades completamente diferentes da nossa. Bora?
Vamos provar aqui que adulto não gosta (só) de festa, adulto gosta mesmo é de uma série nova (e de qualidade) pra maratonar. A gente trouxe 4 – novas e nem tão novas – que vão fazer um boom (no melhor sentido) na sua cabeça. Senta aqui do lado no sofá:
Lady Dynamite
2 temporadas
Pela quebra total de paradigma, é difícil assistir Lady Dynamite sem botar a mão na consciência – mesmo sendo uma comédia com alguns toques surrealistas. A atriz principal se interpreta na série: Maria Bamford tem transtorno bipolar e é comediante – e, inclusive, parte dos episódios foram inspirados nas suas próprias experiências de vida. O plot da série é o retorno de Maria a Los Angeles, depois de passar seis meses em recuperação do seu transtorno bipolar.
Na tentativa de reconstruir sua vida, ela e seu agente Bruce vivem diversas situações bizarras e fica impossível não rir – e não ter empatia pela Maria e seu recomeço, com tantos altos e baixos. E mais: ela abre espaços para discussões sobre saúde mental que são essenciais nos dias de hoje. Durante a série, você vai vendo Maria se abrindo para relacionamentos saudáveis, saindo de outros tóxicos e escolhendo viver com mais calma pra cuidar de si mesma. Ao mesmo tempo, ela recebe conselhos de seu pug, Bert, e descobre que só consegue falar ou com voz de bebê ou de uma mulher rica.
A linha do tempo da série é bem dividida: a série acontece em três tempos, presente, futuro e passado (ou Duluth na primeira temporada, o nome da cidade natal dela). O seu passado, inclusive, é todo gravado com a estética de uma série dos anos 80, além da Maria se interpretar criança e no seu futuro, distópico, ela grava uma série sobre a própria vida para a MuskVision – uma espécie de Netflix do Elon Musk. Essa é a prova que unir sensibilidade, consciência e comédia, não só é possível como pode deixar uma série fora de série (rs).
The OA
2 temporadas
Uma mistura de suspense, ficção científica e magia começa quando Prairie Johnson, uma jovem cega desaparecida, reaparece depois de 7 anos enxergando, com cicatrizes nas costas e outro nome: OA. Ela se recusa a explicar o que aconteceu para os pais e para a polícia, mas se abre para um grupo de cinco moradores da cidade pequena onde vive – em que todos são exemplos de representatividade, que é tratada com a naturalidade.
Seu objetivo, ao juntá-los, é pedir ajuda para salvar outras pessoas, criando uma espécie de portal para outra dimensão. Qual conexão dela com essas pessoas e como ela vai fazer para viajar de uma dimensão à outra? Isso você tem que assistir pra saber. ;)
A linha do tempo da série é bastante complexa, por isso ela precisa de atenção enquanto você assiste. Mas vale a pena: não tem como não se identificar com o grupo que Prairie reúne: uma professora muito adorável, um buller com problemas de autoestima e um homem transasiático em fase de transição são alguns deles. Ainda, a série tem como roteirista e coautora dos episódios a atriz principal, Brit Marling, que só deixa a conexão dela com a série mais forte.
Dirk Gently’s Detetive Holístico
2 temporadas
Criada por Douglas Adams, nada mais nada menos do que o autor do Guia do Mochileiro das Galáxias, e com o eterno Frodo (Elijah Woods) como protagonista, Dirk Gently’s é completamente inesperada. O personagem que dá nome à série é um detetive holístico: basicamente seus casos e pistas simplesmente aparecem para ele. Basta que ele esteja no lugar certo e na hora certa – sendo que todos os lugares são certos e todas as horas são certas. Ele não tem método, não interroga ninguém ou procura pistas: o que acontece com ele é o bastante para resolver o caso e restaurar um suposto equilíbrio (desequilibrado) do universo. Apesar dessa função toda diferentona, Dirk não é o personagem principal da série, mas sim Todd, um jovem com sérios problemas financeiros – e de caráter.
Ele trabalha num hotel e, um dia, ao parar num andar, se depara consigo mesmo com o olho roxo, camiseta dos Estados Unidos e colete de pelo. Logo depois disso, ele encontra Dirk e vê sua vida virar de cabeça para baixo – chegando a encontrar consigo mesmo no hotel, assim como no passado. A história é sensacional, completamente inesperada e não perde para os personagens – como a Bart, uma assassina “holística” conectada a Dirk, que sente que o universo a leva a pessoas que ela tem que matar. Como diz Dirk sobre o universo – e, quem sabe, sobre essa série – tudo é loucura, tudo é caos, tudo está conectado.
Atlanta
2 temporadas
Esse rostinho na frente da foto você já conhece: Donald Glover. É impossível ignorar a presença dele como artista, já que ele é ator, roteirista, humorista, músico e rapper americano – famoso por “This is America”, como Childish Gambino. Atlanta, criada e estrelada por ele, é sobre dois primos que entram na cena do rap de Atlanta e sonham em serem famosos: Paper Boi (Bryan Tyree Henry) não tem um gerenciamento profissional, algo que seu primo Earn (Gambino) faz por ele.
A série mostra uma face mais real por trás de construir uma carreira – ir de rádio em rádio, participar de entrevistas em programas locais, ou seja, nada glamouroso – e aborda ainda como conciliar tudo isso com a vida doméstica. Earn é pai e tem uma parceira, o que adiciona à trama discussões sobre paternidade e a dupla jornada feminina. Acima de tudo, a série narra como é ser um jovem negro tentando sobreviver nos Estados Unidos, com aquele tipo de humor que é engraçado por que é o que acontece e é só, somente e apenas a realidade. As críticas sociais que a série carrega não são nada sutis, assim como a trilha sonora da série – que, meu amigo, é pesada.
Essas séries somadas dão várias horas de diversão cheia de conteúdo – quantas, exatamente, não sabemos, deu preguiça de calcular. Você com certeza vai adorar assistir, pelo menos, uma das que indicamos. E pra deixar a experiência completa, se liga nesses mimos que escolhemos pra você ❤
1.Kit pipoca maratonista de série 2.Jogo com manta e dados amor
3.Caderno claquete filme ou série 4.Fronha balão de fala
Pronto. Agora pode ir estourando a pipoca e se ajeitando no sofá que a maratona vai ser boa! Agora você não tem mais desculpas pra maratonar Friends pela décima vez – mas se quiser, pode também (a gente ama). 😉