Playlist: Feist sua linda!

Conheci dona Leslie Feist em 2007. Morava numa casa com mais quatro pessoas, e todas dançavam as músicas dela sem saber. Quando descobrimos, “1, 2, 3, 4” ficou no repeat por algum tempo. O The Reminder, álbum que ela lançou nesse ano, é um dos que mais ouvi na vida. E com certeza, um dos mais importantes. É quase motivo de piada o tanto que gosto de vocais femininos (indie/folk, então, nem se fala), e a Feist é prato cheio: as músicas, ora alegres e ora melancólicas, com letras tão bonitas e tão bem interpretadas. E sabe o que eu descobri: já tinha ouvido ela cantar antes! Ela era parte de uma banda que eu adoro, Broken Social Scene, e que fez backing vocals no Riot on an Empty Street, do Kings of Convenience.

A maior surpresa é que o álbum posterior, “Metals”, de 2011, já desbancou o The Reminder no meu coração. É mais maduro do que o anterior, completamente diferente. Mais melancólico, até. Mas, nem por isso, um álbum triste. Na verdade, é um álbum forte, posicionado. Uma demonstração de que a cantora e compositora pode se reinventar, e manter sua identidade. Vale a pena demais (e a arte da capa é linda). Minha preferida desse álbum é “Bittersweet Melodies”. Ou talvez “Caugh a Long Wind”. Difícil!

Os álbuns anteriores são muito pouco conhecidos e difíceis de se conseguir, mas nessa playlist tem uma amostrinha do Let it Die e do Open Season, que são muito parecidos com o The Reminder, e por isso, bem diferentes do Metals.

O mais legal é ver os clips e entender o quanto a Feist mudou, e o quanto essa mudança afetou o conceito da música dela. E, apesar da mudança, o quanto ambas as fases são bonitas por igual!